quinta-feira, 3 de junho de 2010

Por Sabrina Fantoni

Morar fora logo que se ingressa na faculdade, como se espera, é uma importante experiência que faz qualquer pessoa amadurecer mais rápido em todos os sentidos. Vitor tem 18 anos; acaba de concluir o ensino médio e entrar na Unesp, no curso de Administração Pública. Medo, liberdade, insegurança, ansiedade; essas características passam a ter um significado mais amplo e intenso nessa nova rotina, que ao mesmo tempo que promete um mundo de sensações inéditas e atraentes, é quando se conhece também um vazio quase permanente e a perda de referências. A relação com pais, amigos, sentimentos, tudo se renova, tornam-se cambiante.
Algumas coisas são dissolvidas, outras reforçadas.
Na entrevista a seguir, Vitor conta sua experiência nesse primeiro semestre, estando há mais de 200 km de casa em Valinhos, na cidade de Araraquara onde estuda hoje.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Things go better with coke?!

Por Sabrina Fantoni

Ela não é gente, mas faz gente como a gente se sentir pertencente à uma sociedade de consumo e a um determinado grupo.
Para mostrar essa ideia, nada melhor que um comercial da própria marca explicando o que seu valor simbólico faz com o imaginário de um indivíduo como integrante social -e economicamente ativo de certa forma.


Não precisaria ser a Coca Cola, a maior e mais lembrada marca do mundo. Poderia ser outra marca, acontece que em todos esses anos essa marca foi seriamente trabalhada e inoculada no imaginário e no cotidiano da sociedade. Muitas outras marcas fazem o mesmo e têm tanto poder quanto a coca cola, entretanto ela continua sendo a Marca mais presente e inegavelmente acolhedora do planeta.
O termo acolhedora ficaria melhor entre aspas, pois no universo das imagens, nós vivemos buscando um lugar acolhedor em nossa memória, tendo em vista que somos bombardeados por imagens e informações, os lugares de memórias são concretos. A sinestesia presente nas marcas faz com que nós sintamos seu sabor, seu cheiro e todas outras sensações sem estar consumindo-as no momento exato. As marcas passam a ter vida própria e um valor simbólico profundo, de tal modo que a desejamos pelo valor imbuído, e não somente pelo produto.
Podemos afirmar que as imagens não são uma realidade a parte; elas são de fato a nossa realidade. Nós consumimos o produto, a imagem e sua mensagem passivamente e esperamos em troca o que esse simulacro nos promete; embora façam parte do nosso cotidiano, os produtos e mercadorias são falsos substitutos dos nossos objetos de desejos. O fetichismo exerce tamanho poder nessa sociedade sedenta por consumo; a Coca Cola, mesmo sendo acessível a todas as culturas, idades, classes sociais e crenças, ainda é a Coca Cola.
A publicidade e marketing por trás da marca, o sonho e a falsa realidade que é vendida por essas empresas, faz com que o indivíduo necessite daquele produto por algum motivo. Marx analisaria o suposto status que as marcas vendem ao consumidor,o qual crê ser aquilo que pode comprar; seja um carro de valor exorbitante, uma mansão e, sobretudo produtos que atrasam a velhice.
Freud estuda o efeito dessas estratégias e observa o fetiche, -que sempre terá a sedução como característica principal-, inculcado pelos mídia; toda essa publicidade transfigura o desejo em necessidade. É necessário ser mais másculo, imponente, altivo e poderoso, portanto, o que se deve ter é uma BMW, ter dentes brancos e sorriso perfeito, e estar, obviamente, decentemente vestido pelas marcas. O vazio faz-se intrinsecamente presente nessa sociedade consumista, pois, para “ser” é preciso ter. E esse ser na verdade, desde o início, é ter. o fetichismo desse sistema promove o superficial, o descartável; tudo é para ser de fato necessário, no entanto, é preciso que seja rapidamente substituído por outro.
O nome da marca é fixo, porém as informações e imagens que fazem dela ser lembrada são transitórias e obsoletas. Cada produtor tem seu público alvo, no caso da coca cola, a sociedade como um todo é o destinatário, por isso suas propagandas são tão abrangente e democrática; ela lembra todos os cidadãos capazes de consumir e foca em suas peculiaridades, suas raízes, hábitos, cultura e problemas específicos de cada idade e fase. Desse modo, a especialização no marketing e publicidade nos revela a necessidade de auto-afirmação do consumismo constantemente, tendo em vista que, devido a descartabilidade dessa cultura, a publicidade é um lugar de memória, sempre se renovando.

Para entender melhor, o documentário Mundo Cola explica o mito por trás da marca.

terça-feira, 25 de maio de 2010

O QUE TE FAZ BEM?

Por Caroline Albanesi


"Gaivota" é gente como a gente, tem as suas preferências.

Pode parecer besteira, mas você já parou para pensar sobre O QUE TE FAZ BEM? Espantosamente a resposta afirma um pouco sobre nós. Há quem se sente bem matando, prejudicando o outro, existem aqueles que assim se sentem ao ajudar....
O "Gaivota", assim conhecido entre seus comparsas, diz que não há sensação melhor do que ganhar um jogo de pôquer. O administrador de um empreendimento no centro de São Paulo afirma não ser viciado no jogo, mas contraditoriamente, joga todos os dias: " chego e casa e já ligo o computador...tem dias que perco, outros que ganho, mas estes são mais raros!", brinca.
Quando pergunto sobre o que de mais importante existe em sua vida, ele responde: "minha família", e em seguida aproveito:"quanto tempo passa ao lado deles por semana?", ele retruca: " acho que umas 10, 11 horas...".
Parece que o pôquer está em vantagem... ganhou o campeonato: são mais de vinte horas semanais dedicadas ao jogo. Mas, afinal, o que mais importa mesmo, Gaivota? Não se esqueça dos resultados.

Soninha: a filha do mundo

Por Caroline Albanesi


Sônia Camargo*. Assim não quer chamar aquela que durante toda a sua existência atuou nos bastidores dos mundos alheios. Ela tem 32 anos, mas parece uma menina pelo jeito, aparência e, posso dizer, ingenuidade. Com estatura baixa, cabelos claros, pintados de ruivo "caju", sardas e pouco acima do peso, é assim que se apresenta, como a famosa e querida "Soninha".
Quem a vê não enxerga que por trás da aparência de menina, existe uma mulher que já guerreou contra os golpes da vida. Filha de uma chamada " profissional do sexo", que a concebeu aos 16 anos e que carregava não apenas um bebê no ventre, mas um passado de vícios e angústias, Soninha foi entregue pela sua avó materna à Tia Silvia*, que mesmo com a rigidez de senhora religiosa e tradicional, soube a amar como os vínculos sanguíneos determinam.
Apanhou, chorou, mas revolta com ela não teve vez. A disciplina impedia.
Conheceu Simone*, amiga dos parentes de São Paulo, quem a recebeu em sua casa e a fez sair de Ribeirão Preto, quando já formada no colégio. Com ela aprendeu a lição mais valiosa: a de fazer o bem.
Simone a levou ao sertão do nordeste para um trabalho social, onde pôde enxergar um novo mundo, com conflitos até então inimagináveis à menina. Gostou tanto do trabalho, que lá mesmo, no semiárido, ficou, atuando na ONG como uma verdadeira Amiga do Bem. Brinca com as crianças, cuida dos idosos e jovens, dos carentes de pão e de afeto, o que sempre teve de monte.
Hoje quem diria...família aqui e acolá. A menina a princípio "deixada" pela mãe é a filha do mundo, daqueles que ela conquistou pelo amor, laço que não se forma pelo corpo, mas pela alma.
Relembra dos tempos em que achava que nunca seria feliz: "me sentia estranha em todo lugar, parecia que pra mim não havia chão". Engano dela, aliás, "vai trabalhar, menina, que agora você é das terras do sertão".


* (os nomes foram substituídos para preservar as personagens)

A nossa motivação

`Por Manuela Carvalho

Motivação! Motive-se.. Atualmente é muito bom se sentir motivada e ter algum objetivo..
Mariana é persistente. Desde que eu a conheço ela queria ter um namorado! Hoje ela tem quase 21 anos, e hoje está fazendo 2 anos de namoro (EBAAAA!).
Todos os dias que a gente conversava, ela falava sobre como seria bom se ela se relacionasse com alguém, e desse certo! Depois de muita reza, simpatias e MOTIVAÇÃO ela encontrou o que queria. Preciso dizer o quanto considero importante essa motivação, pois as coisas não "caem do céu", é preciso subir até lá em cima para busca-las.

E para manter um relacionamento nos dias atuais está díficil! E namorar durante dois anos é bastante tempo!" Não podemos deixar o namoro esfriar!" Mariana conseguiu.. " Vejo meu namorado como único, sei que já estamos BEM CASADOS!" diz alegremente.

Sei que todos nós precisamos dessa motivação